Trabalho do 2.º Escalão

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré (Ílhavo)

“SIM, CRIAR UMA ÁRVORE DÁ FRUTOS”
- MEMÓRIA DESCRITIVA -

A.
Acolhida, com entusiasmo, a ideia de “plantar” uma árvore, reutilizando embalagens Tetra Pak, com participação da marca Compal, os alunos e professores do Projeto Eco-Escolas, fortemente apoiados pela Direção da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, incentivaram a comunidade escolar a colaborar, ativamente, na concretização do projeto.
Assim, e com o fim de reunir, tão cedo quanto possível, um considerável número de embalagens Compal, dedicou-se particular atenção à publicidade da marca, na cantina da escola.
Idealizado o slogan, recortaram-se letras, com o jeito e cuidado de alunos do 10ºD (em número de 7) e funcionários. Embalagens vazias, de avesso cintilante, sobre cartolina preta, garantiram a matéria necessária à divulgação do produto e o resultado não se fez esperar: unidades Tetra Pak, da Compal, cresciam a muito bom ritmo.

B.
Delineadas e distribuídas as tarefas pelos alunos colaboradores com o Projeto Eco-Escolas, cortaram-se e lavaram-se embalagens e mais embalagens. Sem protestos, cada um zelava pelo cumprimento do seu trabalho.
Ao lado, com a ajuda de uma guilhotina, as embalagens Tetra Pak faziam-se em tiras, para, logo em seguida, se unirem em linha, com cola térmica. Noutra mesa, ali tão perto, tecia-se, em tafetá prateado (verso das embalagens), o tronco da árvore! Dois “panos” seriam suficientes.
Um professor arquitetava a construção dos ramos. Os alunos seguiam, atentamente, os gestos largos. Com imaginação e a arte de cada um, os galhos cresciam, em cones sobrepostos, do maior para o mais pequeno. As embalagens Tetra Pak pareciam ter a dimensão ideal. Mais golpe, menos golpe, a cola térmica e os agrafos haviam de permitir curvar, ou seguir a direito, para mais adiante mudar de rumo, outra vez. Sem discussões, uma folha aqui, outra acolá… e os ramos estendiam-se, alinhados, pela sala fora!
Mais delicadas, as mãos das alunas delineavam círculos, procurando o colorido mais charmoso das embalagens, de litro, da Compal. Com cuidado, localizava-se o símbolo FSC. Os alunos do 10ºG, em número de 14, sabiam já descodificar a sigla. Desenhavam-se espirais. Recortavam-se, ao sabor das pontas mais ou menos aguçadas da tesoura. Finos arames, partindo do centro de cada peça, ajudavam a avolumar os frutos. Folhas e pedúnculos, de formas e dimensões variadas, amontoavam-se, prateados, mostrando, de novo, o verso das embalagens Tetra Pak. Um agrafo final e o fruto ali estava, delicioso de ver!

(Foto 1)

A árvore ergueu-se, na relva molhada pela chuva, por iniciativa de alunos do 12º ano, turma B (em número de 5), com o anuimento da Direção da Escola. A estrutura da árvore, feita de reaproveitamentos e da boa vontade de todos, segurava-se, sem vacilar: velhos tubos, algures esquecidos, mereciam, agora, a atenção de todos. Aconchegavam-se os ramos: uns maiores e mais fortes (6), outros mais delgados e frágeis (7), mas todos de elegante porte. A copa tomava forma. Vestiu-se o tronco, do tafetá tecido! Uma “noiva”, linda de morrer!

(Foto 2)

C.
Os frutos “cresciam” na árvore! Discutia-se a posição das manchas: laranjas mais para cima; amarelos para o centro; rosas para baixo. Decisões contrariadas em segundos, mas sempre com alegria e boa disposição!

(Foto 3)

Realmente considerável, a produção de frutos (216) obrigou à recolha de muitas unidades, num cesto de vime, vindo, de repente, ninguém soube de onde. E como ficava bem, ao lado daquela árvore!
Um fruto, de enormes proporções, destaca-se, harmoniosamente, do conjunto! Talvez alguém o saiba associar ao apreço pela comunidade escolar, que tão prontamente colaborou, na concretização do projeto!
Para concluir, três vistosas margaridas sobressaem da relva verde e fazem-nos sorrir!
A céu aberto, a durabilidade da nossa árvore dependerá da força do sol e da intensidade da chuva, mas sabemos que será observada por longo tempo, lembrando que também de resíduos se constrói solidariedade e bem estar!
Na verdade, “criar uma árvore dá frutos!”

(Foto 4)